Para entendermos o conceito de Revolução 4.0 e as novas tecnologias que estão mudando o mundo, precisamos voltar um pouco no tempo e relembrarmos algumas coisas que aprendemos na escola. 

Até o fim século XVIII, a população europeia vivia no campo e consumia de uma produção artesanal, mesmo diante das manufaturas, grandes oficinas com concentrações de artesãos. A chamada Primeira Revolução Industrial se iniciou na Inglaterra com o surgimento das primeiras máquinas a vapor e o uso do carvão. Para se ter uma ideia do impacto, uma nova fábrica de 750 operários tinha capacidade de produção equivalente a 200 mil operários em trabalho manual.

Se expandindo para o restante da Europa e Estados Unidos, vários países se industrializaram, empregando o uso do aço, da energia elétrica e dos combustíveis derivados do petróleo, além da consumação de grandes obras de engenharia como pontes, hidrelétricas, grandes prédios e linhas férreas. O mundo mudou bastante entre 1850 e 1900, já na chamada Segunda Revolução Industrial.

Terceira Revolução Industrial

A Terceira Revolução Industrial, também conhecida como Revolução Digital, nos fez chegar até aqui, com internet, websites, e-mails e smartphones. Mas se engana quem pensa que ela se iniciou com a criação da World Wide Web (www), em meados de 1990. Tal período, segundo historiadores, se iniciou por volta dos anos 50 e 60, com a passagem da tecnologia mecânica e analógica para a eletrônica digital com a criação dos computadores digitais e arquivos digitais, além das máquinas industriais digitais, do fax, da medicina genética, dentre outros avanços. 

Quarta Revolução Industrial

Tais “revoluções”, ao contrário de um golpe de estado, não acontecem da noite para o dia, por mais disruptiva que seja sua tecnologia. Uma vez que estamos “do lado de dentro”, tudo tende a ter uma continuidade e uma ligação histórica, sendo tênue sua percepção. Os conceitos de “Revolução Industrial” usados por historiadores, economistas e cientistas de um modo geral, são a separação entre diferentes épocas, com suas sucessões tecnológicas, a fim de que possamos estudar e identificar tais etapas do nosso processo evolutivo. 

É nesse sentido que muitos pesquisadores e cientistas já consideram nossos dias atuais como a época da Quarta Revolução Industrial, com tecnologias inovadoras o suficiente para que possamos considerar nossa era atual como o berço da Revolução 4.0. E foi pensando em te apresentar alguns conceitos e tecnologias, talvez desconhecidos para você, que criamos este post. É época de revolução, portanto é bom o profissional autônomo, o empresário ou mesmo o profissional de carreira estarem preparados para o futuro que já bate à porta. Então confira as tecnologias que estão mudando o mundo!

Nanotecnologia

A nanotecnologia é uma área da ciência que se dedica ao estudo da matéria numa escala atômica e molecular, com estruturas entre 1 e 1000 nanômetros. Para se ter uma ideia, em 1 metro há 1 bilhão de nanômetros.

A nanotecnologia pode ser empregada na eletrônica, medicina, computação, entre outras áreas, criando placas, circuitos, fármacos, entre outras diversas estruturas. O princípio básico dessa tecnologia é a construção de estruturas e novos materiais a partir dos átomos. Para permitir uma adequada exploração dos materiais em escala nanométrica, são utilizados microscópios especiais, como o Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV). Criada no Japão, a nanotecnologia busca aliar inovações em escalas microscópicas a fim de integrar invenções e tecnologias em benefício do homem.

Internet das Coisas

A Internet das Coisas é um termo, surgido do inglês IoT (Internet of Things), se refere à interconexão de pequenos pontos e objetos do nosso cotidiano à internet. Tal tecnologia permite o controle remoto de objetos e seus acessos como provedores de serviço. 

Quer um exemplo? Seu carro, conectado à rede, é estacionado. O parquímetro detecta seu veículo e realiza a cobrança. O dinheiro? Sua carteira digital integrada fará a transferência dos valores com uma simples autenticação na tela do seu smartphone. Aliás, ao entrar no veículo, seu sistema já reconhecerá, por reconhecimento facial, o motorista em questão (você) e lhe entregará informações pessoais como rotas por GPS, músicas preferidas, sua agenda do dia, entre outros. Outro exemplo é a geladeira, que já identificará a falta de certos mantimentos, enviando sua “lista de compras”, diretamente para o supermercado e este lhe entregará as compras de forma ágil. Uma vez que tais compras estejam em sua casa, algum aparelho, como a própria geladeira, identificará que tais itens chegaram à sua casa, efetuando o pagamento ao supermercado sem que você tenha que se mover para tal. 

Com certeza a Internet das Coisas evoluirá à medida que novas ciências vão sendo aprimoradas mas esta é, sem dúvidas, uma das tecnologias que estão mudando o mundo. Para que tudo converse entre si, basta não só conexões mais eficientes de Bluetooth e Wi-Fi, mas também uma internet mais veloz do que o atual 4G. 

5G

O 5G ou Quinta Geração de Internet Móvel, representa não só a futura geração da telecomunicação móvel, como também é o elo de ligação entre diferentes estruturas e tecnologias. Com uma taxa de dados de 10 a 100 vezes maior do que no 4G, o 5G permitirá uma conexão de trilhões de coisas à internet com um tempo de resposta praticamente em tempo real. Sem dúvidas, o 5G é um elo essencial na Revolução 4.0. Está em fases de testes e implementações em alguns países. Por ter uma frequência mais curta, necessita de uma infraestrutura de rede mais robusta do que o 4G. No Brasil, a implementação ainda deve demorar alguns anos, porém a Anatel já planeja leilões quanto ao uso por parte das operadoras de telefonia.

Blockchain e DLT

Dentre as tecnologias que estão mudando o mundo, essa é sem dúvidas a minha predileta, pela sua capacidade de disrupção de mudar o status quo de muita coisa. Segundo o Wikipediablockchain é uma tecnologia de registro distribuído que visa a descentralização como medida de segurança. Mas essa também pode ser a definição de DLT. Então antes de mais nada precisamos conhecer essa sigla para não confundirmos as bolas. 

DLT

DLT ou simplesmente Registro Distribuído, são “livros razões”, em ciência da computação, banco de dados distribuídos entre múltiplos dispositivos (nós), onde são armazenados registros e assinaturas digitais em tempo real. Um DLT bastante famoso é o Corda, do consórcio R3, que tem como parceiros bancos tradicionais como HSBC, Bradesco, entre vários outros. Os DLT’s são comumente utilizados por empresas privadas e consórcios, como o citado acima, visando a diminuição de custos de confiança, mirando uma arquitetura robusta e simplificada, ganhando em desburocratização e na velocidade da transmissão de dados.

Blockchain

Já o blockchain trabalha de forma parecida com o DLT, porém reunindo tais registros em formas de blocos, cuja cada bloco vai sendo “empilhado” sobre o outro, de maneira criptografada, fazendo com que todo registro realizado seja imutável, uma vez que realizar o caminho inverso do registro é praticamente impossível em uma rede distribuída de maneira sustentável. É o que faz o Bitcoin ser o que é. Aliás, foi a criação dele que fez ser possível o uso e os estudos do blockchain. Pra quem não conhece, o Bitcoin (BTC) é uma criptomoeda descentralizada, distribuída em rede, baseada em provas de trabalho e sem uma autoridade ou regulador específico. Criada dentro da tecnologia blockchain, é a principal criptomoeda em participação no mercado de criptoativos. 

Acreditamos no poder disruptivo do bitcoin e do blockchain e também valorizamos suas qualidades. Pode ser usada para transferência instantânea de dinheiro por uma taxa baixíssima, de qualquer parte do mundo e sem intermediários como bancos e afins, dando a você, e somente você, a posse dos seus próprios bitcoins. Além disso, possui a propriedade de ser extremamente segura. Por acreditar em sua tecnologia, a Faxina.Online aceita pagamentos com bitcoins. Para realizar a transferência, basta informar a forma de pagamento ao agendar e ao finalizar o serviço, é só escanear o código da nossa carteira para enviar seus Satoshis (unidade de conta do bitcoin) de forma simples e rápida. Clique aqui para agendar!

Blockchains podem ter estruturas diferentes, como o blockchain da Ethereum. A Ethereum (ETH) é outra criptomoeda descentralizada que tem a capacidade de executar contratos inteligentes, isto é, utilizando aplicações programadas sem qualquer chance de censura, fraude, etc, pois cada contrato é imutável. 

Quer exemplos de usos de blockchains? Empreiteiras não mais atrasarão obras e nem as superfaturarão. Cartórios não serão mais necessários pois registros serão feitos digitalmente e de maneira segura. Bancos não terão mais tanto poder como outrora pois serão práticos o uso, o armazenamento, a aceitação e a conversibilidade das criptomoedas. Eleições serão baseadas nessa nova tecnologia, acabando com o problema das fraudes eleitorais. Micropagamentos de centavos ou de frações de centavos poderão ser feitas de maneira fácil e praticamente sem custo (com ajuda da IoT e do 5G). Contas e faturas não conterão mais erros. Cambistas não terão mais vez.

Enfim, são inimagináveis os avanços que o uso e aplicação do Blockchain pode nos proporcionar e só o tempo irá direcionar os cientistas, programadores, empreendedores e engenheiros para as aplicações que essa incrível tecnologia pode ajudar a criar. Economia colaborativa, aí vamos nós! Esse com certeza é um assunto que vale um post inteiro mais à frente.

Inteligência Artificial

O termo inteligência artificial foi criado em 1956, mas só foi popularizado com os dias atuais graças aos algoritmos avançados e melhorias no poder computacional. A AI como conhecemos hoje deve-se à “Inteligência Artificial Forte”, que é a tecnologia inteligente o suficiente em ter capacidade de aprendizado próprio e raciocínio lógico, considerada “autoconsciente”. Stephen Hawking alertou sobre os perigos da Inteligência Artificial e a considerou uma ameaça à sobrevivência da humanidade. Para evitar que isso acontecesse, o escritor Isaac Azimov, autor de “Eu, robô” e “O homem bicentenário” redigiu as Leis da Robótica, que são: 

1ª Lei: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal. 

2ª Lei: Um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres humanos exceto nos casos em que tais ordens entrem em conflito com a Primeira Lei. 

3ª Lei: Um robô deve proteger sua própria existência desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira ou Segunda Leis. 

Saindo da ficção e voltando para os dias atuais, a Inteligência Artificial forte hoje é testada principalmente nos robôs humanoides e já é empregada nos SACs de atendimento ao cliente, entre outras aplicações como em hospitais e compartimentos públicos. 

De um modo geral, a AI hoje já é utilizada em apps de transporte como Google Maps e Waze para cruzar as informações de milhares de fontes em tempo real e traçar a melhor rota para o usuário, em e-commerces e na navegação online, cujas sugestões de compras e marketing são baseadas em seu comportamento online. Além de dezenas de outras aplicações como câmeras inteligentes, que capturam a face das pessoas, cruzando as informações em bancos de dados, além de captar perigos como rombos de carros e invasão de propriedades. A Inteligência Artificial é sem dúvida uma das tecnologias que estão mudando o mundo. 

Computação em Nuvem

Do inglês Cloud Computing, a Computação em Nuvem é a disponibilidade de serviços de computação, como por exemplo banco de dados, armazenamento, poder computacional, rede, etc., sem o gerenciamento ativo direto do usuário. A computação em nuvem permite uma economia de escala, reforçando também a economia colaborativa. Essa tecnologia permite custos menores, pois elimina o gasto com hardwares e softwares; desempenho, pois são executados em datacenters seguros e otimizados; segurança, pois os provedores de tais serviços fornecem assistência, fortalecendo a postura geral quanto à segurança; além de gerar mais produtividade e velocidade. 

A computação em nuvem permite que qualquer dispositivo com acesso à internet acesse os dados necessários, independentemente da plataforma. Devido a essa elasticidade quanto a armazenamento e poder computacional, essa tecnologia, aliada a outras como as citadas acima, tem um poder disruptivo ainda maior do que o já criado até aqui. 

Sem sombra de dúvidas, das tecnologias que estão mudando o mundo, as 6 aqui citadas tem grande potencial de disrupção, fazendo-me crer que, de fato, estamos diante de uma nova revolução, a Revolução 4.0. 

Agora nos conte, quais dessas tecnologias você tem mais afinidade e otimismo? Existe alguma outra que não poderia ter ficado de fora? Comente! 

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